sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Não há mais tempo



Refletindo no que tenho ouvido sobre não amar o mundo, posso sentir gritar no meu coração o clamor de não mais me importar com as coisas pequenas e passageiras. Tanto tempo perdido com detalhes, preocupações, doenças e pior ainda, com a busca pelo mover. Esquecemos que o mover está em nós, já foi dado por Jesus. Não tenho como expressar com palavras o que está aqui dentro, mas só sei de uma coisa: Sou grata ao Pai por ter me mostrado que o aquilo que eu estava vivendo não era tão grande assim. Ele tem algo muito maior. Seu propósito não é apenas me ver ser bem sucedida nos negócios ou mesmo nos relacionamentos, mas é ser verdadeira adoradora e alguém que traz pessoas pra Jesus. Alguém que, como Pedro, traz arrependimento e fala com ousadia sobre o real sentido da vida.
Por que não nos mexemos? Por que ainda não fazemos aquilo que Jesus mandou? Por que não refletimos a glória de Jesus? Por quê?
O mandamento é: NÃO AMEIS O MUNDO. Não falo do mundo no sentido de como Jesus amou, mas das coisas terrenas e breves que há aqui. NADA pode ser comparado a gloria que há de ser revelada em nós, não é o que foi dito?
Então, por que nos preocupamos?!
Por que deixamos que os problemas do dia-a-dia nos façam desanimar e até mesmo desistir de proclamar?! Já não está claro o suficiente na bíblia "A fim de proclamar", e "Sereis minhas testemunhas"?
Temos sido testemunhas de quem? Temos realmente feito o nome de Jesus conhecido como deveria? Temos pregado e vivido o amor de Jesus? Ou melhor, temos demonstrado esse amor?
Não estou falando de viver de milagre em milagre, estou falando de atitudes simples, mas que honram o nome do nosso Senhor. Estou falando de palavras acompanhadas de ações, VERBOS, não simplesmente falar. Isso deve ser o nosso pão diário, os nossos afazeres devem apenas ser o complemento daquilo que Deus tem feito, como prova de Sua fidelidade para conosco.
Ontem saí atrasada de casa para a aula e estava no ônibus, cansada por ser fim de semestre e com os olhos ardendo, então decidi que não iria ler nada até chegar ao centro. Estava mergulhada em pensamentos e orações, quando sentou ao meu lado uma moça. Eu sempre desconfio, quem me conhece sabe, se alguma mulher senta ao meu lado quando tem outros assentos vazios no onibus porque frequentemente o SR me diz alguma coisa para dizer a essa pessoa. Ele sabe do que precisamos, e várias já foram impactadas por essas palavras, glória a Deus. Mas ontem fiquei orando e perguntando, mesmo sem querer muito, confesso, se o SR queria que eu falasse algo pra ela. Não conseguia obter uma resposta sobre isso, e ao mesmo tempo que eu orava com a cabeça enconstada no vidro olhando o movimento da 24 de outubro, quase chegando na Av. Independência, quando fechava os olhos, vinha uma visão de eu me levantando, indo pedir autorização pro cobrador e simplesmente anunciando o amor de Deus e Seu lindo propósito para aqueles que ali estavam. Acompanhado dessa visão vinha um borbulhar no meu
coração, como se algo ali dentro estivesse se mexendo e querendo sair. Perguntei ao Paizinho se Ele queria que eu fizesse isso, mas ao mesmo tempo não com muita vontade por causa da vergonha e achando que era loucura da minha parte. E para a minha surpresa, qual foi a resposta: SIM!
Eu fiquei perguntando ao Pai, - mas, tem certeza?!
Aí o SR me fez lembrar de uma irmã que me falou um dia que eu ia contar aos meus filhos e netos que eu e o meu noivo André parávamos os ônibus e anunciávamos Jesus a todos os passageiros. Isso me deu muita alegria enquanto ficava me imaginando fazendo isso ali, no ônibus ontem. Mas, ao mesmo tempo eu pensava que não iria conseguir, por ser muito tímida. É engraçado que sempre que o Pai me manda fazer alguma coisa, por mais louca que pareça, ele me enche que uma intrepidez tal que para mim o que era complicado fica simples.
Não demorou muito (ou demorou?!), eu já estava pensando - Puxa, que alegria seria se eu realmente fizesse isso!
Então o SR me perguntou se eu faria isso por Ele, e eu disse que faria, claro. Eu sinceramente não esperava muito por isso, mas o Senhor me disse: então vai!
Eu tremi as bases, mas só esperei o pessoal que tava descendo no centro terminar de descer e sobraram ainda umas 20 pessoas no onibus. Então, quando me dei por conta, estava falando com o cobrador e perguntando a ele se poderia dar um recado pros passageiros. O cobrador perguntou se era pra vender, eu disse que não, aí ele disse que não havia problema, eu poderia falar. Tinha 7 minutos até o final da linha, onde desembarco normalmente, então me vi ali, parada na frente daquele pessoal todo, me apresentando e falando do propósito eterno de Deus e do amor que o Pai tem por cada um, sendo Jesus o caminho, a verdade e a vida. O Espírito Santo encheu a minha boca, como prometido, e eu realmente expressei aquilo que está no meu coração: Amor ao Senhor e alegria pela mudança da morte para a vida!
Uma pessoa começou a chorar, e outra ficou quase, as outras acenavam a cabeça em concordância e umas duas ou três fingiram que não ouviram.
No final dessa pequena fala que durou quase os 7 minutos, pude notar um sorriso no rosto da maioria...
Fanatismo? Talvez. Loucura? Com certeza.
Depois disso, fui chorando até o curso, e só conseguia pensar na frase: NÃO HÁ MAIS TEMPO!
Isso está latente no meu coração, e o Senhor está clamando por pessoas que vão por Ele! Não há mais tempo... Está na hora de parar de falar, a igreja chora muito, se emociona, se quebranta, e louva ao Senhor com palavras, mas na hora de agir fica sentadinha, esperando que alguém ensine como fazer, fechando os olhos e pedindo pra Deus abençoar. Não quero julgar ninguém, mas eu sei o que é isso porque já agi assim, só que não quero isso pra minha vida. A igreja não foi feita para ficar dentro de quatro paredes, mas para IR e FAZER DISCÍPULOS.
Se em 7 minutos o Pai nos usa para salvar uma vida, imagina o que faria através de nós nas 24h?

REBECA PAGLIOZA

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